quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Dissimulada e dolorida por natureza...

Tenho tido a impressão de estar sozinha sempre, o egoísmo tem me trazido onde mais enojava estar...
Estar e ser algo cortante e afiado tem sido privilégio meu, minha visão tem sido embaçada ao ver pessoas felizes, relembrar o quão tola e surda fui faz-me lacrimejar os olhos num buraco mais fundo qual mãos nem socorro podem me alcançar...
Minha alma tem estado em um lugar tão desprovido de sentimentos naturais onde nem sequer reconheço tristeza  e angustia... Nem a antiga verdade e vontade de não viver me acompanha...
Perder-se não é mais o problema principal, tenho me encontrado mais do que gostaria... Os antigos blues, as antigas frases nada mais incomoda... Nada mais me comove a ponto de ater-me a apaixonar e odiar, tem se tornado detestável essa indiferença, aquela que estampa a minha cara lavada, a cara sem qualquer tipo de enfeite, exibindo o desamor palpavel até mesmo à aqueles que nunca houveram de sentir o peso da intolerancia, da inconsequencia, da virtude e da moral desgastada...
Esses olhos dissimulados, fundos como poços sem final, desencorajados e desatentos marcam meu rosto como uma cicatriz feita a brasa...
Me tornando tolerante demais, afável demais, mentirosa demais...
Estou me sentindo doente e até mesmo febril... Tenho os joelhos tão dormentes e as mãos tão cansadas para agarrar qualquer tipo de estabilidade...
Tenho esquecido até mesmo por qual nome atendo, o eufemismo tem tomado meu carater... Estou tentando me cuidar e tem sido até menos desastroso do que esperava, até mesmo meus sonhos tem obedecido as ordens mais absurdas...
Essa insensatez tem vindo reencontrar-me, alguns acontecimentos mentirosos apagaram esta velha amiga...
Só não tire minha vontade de voar não me importa arrancar tudo o que me torna boa ou melhor do que estou... Mas não roube minhas asas...
Ainda preciso delas para sustentar alguma energia para continuar caminhando por buscas tão tortuosas...
Só e somente por toda a imensidão destes pensamentos indolores a me levar tão longe de toda uma semana...

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Começando o final...

Há tanto não interessa mais respirar, essa inconstância tem feito tão mal ao nosso jogo...
Não pude entender como doeu acenar um adeus, a tempos não ardia a saudade, nem lembrei como era ser o outro lado, como era ser a parte em duvida, a qual anseia o mesmo que minha coragem inexistente tende a esconder.
A vontade de deixa-lo cada vez mais perto da minha parte mais fraca, assusta a nós dois... Se eu fantasio ou não essa realidade na qual penso existir ou se ela realmente existe, não parece interessar, não por tão cedo... Estou prestes a implorar que me deixe tira-lo desta tempestade e acompanha-lo a tranquilidade , derrubar a muralha colocada frente ao seu rosto. Sendo arrastada contra a sua infinidade de possibilidades admito estar preucupada em ir ou voltar pra onde pensa ser seu lugar sem ter sabido o quanto eu quis estar mais proxima... Nem sei como chama-lo pra este bolero indecente. Propor deixar toda essa solidão cair por terra e ouvir toda e qualquer palavra das milhares quais desmontam minha estabilidade e deixam minhas mãos frias quando sinto seu cheiro junto do café, se aproximando pra tirar meu instinto racional e me consumir em toda essa tolice romantica... As paredes desaparecem, o ar se torna mais pesado e espesso quando evito pensar no cansaço de enfrentar ser a adolescente platonicamente apaixonada pelo homem problemático e inalcançável dos seus versos... Não tens estado unicamente na minha mente, ou na minha cama imaginariamente intorpecendo meus desejos mais intimos, esquecer esse passado atormentado e tentar viver do meu lado. Essa timidez é desafiante, queima até mesmo o começo das nossas diferenças... Sentir tem sido dificil, mas disponho a me perdoar e esperar a ferida cicatrizar.
Não ser apenas a convidada a ver sua inquietação como espectadora... Me deixe desmoronar junto a você...
Quero carrega-lo nas costas quando não conseguir mais forças, leve as minhas asas quebradas quando precisar voar dos seus medos...
Estou com a mente tão inacabada, não tenho riscos maiores dos que me coloco quando grito em silencio uma gota de você...
Não quero ir a lugar algum...
O derredor é confortavel mas punivel mas não estou lá me importando...
As memorias são mais fortes do que o meu mundo propriamente dito, não quero mais a sequidão da garganta ao tentar confessar...
E mesmo que a verdade ou não, esteja numa realidade opaca...
Não quero nem posso tolerar a falta de importância de todo um minuto inteiro.
Em naves espaciais ou no solo firme tudo ainda me lembra o calor daquele sons ao ve-lo sorrir...
Estou me arriscando a um aborrecimento totalmente previsivel e esperado mas mesmo assim, eu o quero...