sexta-feira, 9 de setembro de 2011

não quero...

Quero esclarecer que não tenho pretensão alguma de fazer um bom texto, não hoje...
Acabo de receber noticias através da minha gastrite que preciso parar de brincar de romance, não faz sentido algum  ser otimista em qualquer função que seja quando a dor chega ao estomago e nem água desce goela abaixo a quase 24 horas...
Hoje não tô afim de ligar a tv, não tô afim de conversar sobre qualquer assunto que seja, nem tenho vontade de me olhar no espelho, aliás do último já não tenho vontade a muitos anos, tenho feito a contragosto, mas hoje não quero...
Dentro de um segundo parecem caber infinitas horas, e nessas horas a dor que se prende no meio da garganta machuca mais do que qualquer corte até o mais fundo deles...
Eu quero vomitar minha alma pra fora, empurra-la ralo abaixo... Eu não sinto tristeza, não sinto medo, não sinto ódio muito menos raiva, e o que eu sinto, não tem nome, e nem eu sei o que é pra tentar inventar algo e sair a procura nas farmacia de qualquer anti-inflamatório...
Tenho cicuta correndo nas veias, indisposta e amarga, indócil e cansada... E amanhã? Amanhã não quero levantar, não quero lavar o cabelo nem passar qualquer maquiagem na cara pra esconder as olheiras e o nariz vermelho do choro desenfreado da noite toda... Não quero, não quero, não quero nada...Nem um milhão de soluções nem um milhão de chocolates e flores amarelas... Caso alguem queira me ouvir soluçar e me ninar, passando os dedos devagarinho nas minhas orelhas, fazendo cantigas bonitas pr'eu dormir, trate comigo... 
Não quero mais entrar em dança nenhuma, não quero mais escrever...
Tchau

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